domingo, 23 de maio de 2010

HIV AIDS NÂO TEM CURA


                                                                   




 CURA DA AIDS




Ricardo Tapajós



Chefe da UTI de doenças infecciosas do Hospital das Clínicas



e professor da Faculdade de Medicina da USP



Há correntes de e-mails na Internet que dizem que a cura da Aids já foi descoberta mas o governo dos Estados Unidos segura essa informação. Isso pode ser verdade?



Não. A medicina nunca conseguiu curar um vírus. Nem o da vírus da Aids nem nenhum outro. Quem cura os vírus na gente é o nosso sistema imunológico. O vírus da herpes é um exemplo disso. As pessoas têm, a gente sabe tratar, mas ele está sempre latente no organismo. Se alguém soubesse a cura da Aids, seria o primeiro vírus que alguém soube curar. Mas ainda não temos ciência para curar nem para criar um vírus. Nem que a gente quisesse. Não sei de onde surgiu essa informação sobre a cura, mas uma corrente dessas atrapalha as campanhas de prevenção, pois a Aids está aí, ela precisa ser controlada, e um dos grandes fatores do controle é a prevenção. Quando a gente tem de tratar alguém já é uma falha da medicina, pois não foi possível evitar que essa pessoa pegasse a doença. E atualmente ainda não existe um tratamento que cure a Aids.



AIDS E SEXO ORAL



O sexo oral apresenta risco de contaminação com HIV tanto para quem pratica como para quem recebe?



A relação oral é considerada de risco para a transmissão do HIV, ou seja: você pode pegar o HIV chupando e sendo chupado. E também não interessa o que você está chupando ou o que está sendo chupado, quer dizer, o sexo das pessoas envolvidas. Qualquer contato de mucosa com mucosa, principalmente se tiver secreção sexual, ou líquido vaginal, esperma ou aquele líquido que vem antes do esperma, pode transmitir o HIV, pois todas essas secreções são contaminadas com HIV se essa pessoa tiver o vírus. A transmissão acontece pelo sexo oral também.



É verdade que a contaminação só acontece se a pessoa tiver uma feridinha na boca?



Não. Não existe nenhum trabalho mostrando que pessoas infectadas por sexo oral tinham ou não uma ferida na boca antes do contágio. Você é capaz de olhar na sua boca agora e me dizer se tem ou não uma feridinha? Isso não é possível. Não é preciso ter uma ferida para se contagiar. As mucosas têm uma capacidade muito grande de absorção, se houver um vírus, pode haver contágio. Eu POSSO GARANTIR que se o esperma entrar em contato com a sua PELE, você NÃO vai se infectar. Mas se o vírus entrar em contato com a mucosa da sua BOCA, eu NÃO POSSO GARANTIR que você vá se infectar. Portanto, SEXO ORAL SEM CAMISINHA NÃO É SEGURO.



O que aconteceu com a hipótese de que o suco gástrico matava o vírus do HIV?



O vírus do HIV tem uma capa de gordura em torno dele. Isso faz com que seja muito susceptível ao meio que o cerca. Enzimas digestivas podem inativar o vírus. Mas olha o tamanho do caminho que o vírus tem que andar da sua boca até o estômago! Em qualquer um dos pontos desse percurso o HIV pode entrar pela mucosa e infectar.



Quer dizer que sexo oral sem camisinha não pode fazer?



Se você quer fazer sexo oral, você tem que usar preservativo. Se você quer fazer sexo oral sem camisinha, você não pode fazer sexo com quem você quer, com quem você encontra hoje à noite. Você precisa ter um parceiro fixo, em quem você confia, e mesmo assim ainda está correndo risco.



Qualquer camisinha serve para fazer sexo oral?



Qualquer camisinha boa. Mesmo as lubrificadas, a menos que você não goste do gosto. O mais importante é que, depois de utilizar uma camisinha para sexo oral, não reutilizá-la para penetração, pois a saliva e os dentes podem estragar a borracha. Toda vez que você fizer sexo oral com camisinha, antes de fazer uma penetração troque o preservativo por um novo. Não pode usar o preservativo com saliva. Só se deve utilizar lubrificantes para penetração à base de água, que podem ser comprados na farmácia, junto com a camisinha. Na dúvida, passe um pouquinho na mão e coloque debaixo d'água. Se sair com água, pode usar. NÃO UTILIZE margarina, saliva, creme nívea ou óleo como lubrificante.



FORMAS DE CONTÁGIO DO HIV



Existe uma escala de perigo nas relações sexuais? Sexo anal é mais perigoso do que sexo oral, etc?



Ser penetrado envolve um risco maior -na vagina ou no ânus-, em segundo lugar vem penetrar, e em terceiro lugar as relações orais -alguns livros até colocam as relações orais junto com penetrar, no mesmo grau de hierarquia. O fato é que nenhuma dessas relações é isenta de risco. Se não é isenta de risco, não dá para recomendar. As pessoas acham que sexo oral é sexo seguro e preferem não fazer sexo com penetração, para não correr risco, e fazem sexo oral sem camisinha. Isto é uma desinformação. É mais seguro fazer sexo com penetração e com camisinha, do que fazer sexo oral sem proteção. Ou seja, transem com camisinha sempre.



Há mais risco de transmissão de Aids quando a mulher está menstruada?



Essa pergunta é difícil de responder, pois na literatura médica há controvérsia. Já apareceram provas cabais de que a mulher em período menstrual aumenta a transmissão de doenças como o HIV, e já apareceram trabalhos dizendo que não aumenta. Então essa informação é controversa. E toda vez que uma informação é controversa, a gente é obrigado a achar o pior. Ou seja, é obrigado a achar que aumenta. É preciso se proteger para fazer sexo nesse período.



AIDS E COMPORTAMENTO SEXUAL



É possível pegar HIV tendo apenas um parceiro sexual?



Você pode pegar HIV sendo monogâmico (tendo apenas um parceiro), basta seu parceiro se infectar, usar drogas... Isso acontece. Mulheres monogâmicas pegam HIV, meninas pegam com seu primeiro namorado. Ser monogâmico não protege contra o HIV.



Pessoas mais certinhas estão livres do HIV?



Um vírus não tem moral. Ele não reconhece a moralidade humana. Não adianta dizer pra ele "olha, você é só de pessoas promíscuas", ou "você é uma doença só de homossexuais", ou "você é só de pecadores". O HIV não se comporta dessa maneira. A epidemia tem se espalhado de tal maneira, que ela atingiu todos os segmentos da raça humana: mulheres, jovens, crianças, velhinhos, heterossexuais, homossexuais, todo mundo. Não estou falando de uma hipótese, falo de uma epidemia que está acontecendo. O HIV está ocupando a raça humana com o ar ocupa os espaços de uma sala. Onde tem espaço, o HIV entra, e ele não tem moral.



Tem gente que diz que o homem heterossexual não corre o risco de ser infectado por uma mulher. É verdade?



Isso é uma grande besteira. A mulher passa o HIV para o homem, sim. O maior índice de infecção por HIV no mundo está na África Negra, onde para cada homem infectado há uma mulher infectada. Não dá para imaginar que todos os homens fizeram uma orgia homossexual e depois foram para casa contaminar suas mulheres! Não foi assim. A mulher passa o vírus para o homem. Aliás, essa é uma maneira pela qual a epidemia persiste hoje.



Você acha que as mulheres são hoje um grupo muito vulnerável à infecção pelo HIV?



As mulheres são um grupo muito vulnerável. A gente não usa mais a expressão "grupo de risco", mas se fosse para usar, eu diria que hoje, no Brasil, as mulheres jovens são o "grupo de risco". São as meninas que estão pegando o HIV. "Vulnerável" é uma palavra muito boa para definir esse grupo. Aparentemente, os homens conseguem se safar melhor das situações de risco do que as mulheres.



Por que?



As pessoas têm na cabeça uma idéia errada de que usar camisinha é coisa de prostituta e quem não é prostituta não precisa usar. Esses meninos e meninas pensam que camisinha é só com prostituta porque receberam essas idéias dos pais, pessoas que faziam sexo numa outra época. Mudou de época! Eu penso que pode chegar um dia em que alguém vai dizer: "Nossa, pai! Você transava sem camisinha? Que nojo!"



Você acha importante uma pessoa saber se está infectada ou não?



Saber-se soropositivo (infectado por HIV) ou saber-se soronegativo (não infectado), implica em tomar decisões na vida e ter atitudes que não são necessariamente as mesmas de quando você ignora seu estado. Os adultos, de uma maneira geral, têm uma dificuldade grande de se saber soropositivos ou não. Talvez eles estejam passando essa dificuldade para seus filhos, dizendo sem palavras, por atitudes, que é melhor não saber. O que não procede. Medicamente, é sempre melhor saber.



Para um casal que tem uma relação duradoura, pretende ter um filho, que testes devem ser feitos antes de abandonar o uso da camisinha?



O exame que dá melhores resultados, ainda é o exame físico. Anamnese e exame físico, ou seja, sentar com médico e conversar, dizer o que fez, o que não fez, fazer um exame físico -esse é o exame que melhor consegue detectar pequenas coisas erradas. Este é o que eu recomendo em primeiro lugar. O homem pode procurar um urologista, um clínico geral, o que ele achar melhor. Para a mulher, o mais indicado é um ginecologista, pois existe um exame interno, o ambiente do exame ginecológico é diferente. Afora isso, existem exames de sangue que podem ser feitos e que vão testar todas essas doenças sexualmente transmissíveis e que podem ser detectadas por um exame de sangue: sífilis, hepatite B, HIV... Para um pré-natal há outros exames também, para detectar outras doenças que não são sexualmente transmissíveis mas podem ter implicações durante a gravidez: toxoplasmose, rubéola e outras doenças.



DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS



Desde quando existem as doenças sexualmente transmissíveis?



Cinqüenta anos atrás já existiam todas as doenças sexualmente transmissíveis (DST). A sífilis era uma das mais importantes e existe desde a antigüidade clássica (antes de Cristo), e durante toda a Idade Média. DSTs existem há muito tempo, com grandes epidemias. Morria-se de sífilis antes de existir um tratamento. A Aids não é uma doença nova -a epidemia é nova. A Aids já existia há um bocado de tempo, mas apenas na África Negra. Agora ela se espalhou pelo mundo. DSTs existem e é preciso se precaver contra elas. E para se precaver não é preciso deixar de ter prazer e fazer sexo, mas é preciso aprender a fazer sexo num mundo em que existem essas doenças, e algumas delas podem matar, como a Aids.



Como são transmitidos o HPV (condiloma), sífilis e gonorréia?



Para pegar HPV, sífilis, cancróide e gonorréia basta o contato genital. Não precisa nem penetrar, nem ejacular. Essas doenças podem ser pegas também na garganta, por sexo oral. São doenças mais fáceis de pegar do que o HIV. Alguns meninos dizem que primeiro penetram e na hora de gozar põem a camisinha. Só com isso já dá pra pegar todas essas doenças.



O que se deve fazer quando alguém constata que está com alguma doença sexualmente transmissível?



A medicina é sempre melhor quando é preventiva. Quando a gente tem de curar uma doença é porque já falhou, não evitando que a pessoa pegasse a doença. É sempre melhor promover a saúde do que tratar a doença. Eu sempre recomendo que as pessoas vão ao médico quando não estão doentes, para não ficar doentes. Isso implica ir ao médico com uma certa freqüência, que varia e pode ser decidida com seu médico. A mulher deve ir ao ginecologista assim que ela tenha a primeira menstruação. O menino deve também ir ao médico cedo, e deve tirar suas dúvidas com ele. Ele deve decidir se quer ir ao pediatra, ao médico de família, a um clínico geral, a um urologista, ou a um infectologista. Qualquer um desses médicos vai atendê-lo bem. Quando alguém pega uma doença sexualmente transmissível, precisa ir ao médico. Não pode tomar o remédio que o amigo tomou, porque os remédios às vezes fazem mal, causam efeitos colaterais, e às vezes mascaram a doença (escondem os sintomas sem de fato curar) e acabam provocando uma complicação pior do que a doença em si. É bom lembrar que doença sexualmente transmissível é DOENÇA, não é julgamento moral, atestado de promiscuidade ou prostituição. É uma doença e deve ser tratada.



Quem tem uma doença sexualmente transmissível deve avisar seus parceiros que está doente?



É uma responsabilidade e um dever. em alguns caso o médico tem obrigação de fazer essa notificação -mas só em alguns casos. É claro que nenhum médico vai fazer isso por terrorismo. Geralmente a gente pede ao paciente para que traga o parceiro ou a parceira para que a gente possa conversar junto. E às vezes é necessário fazer isso porque se você trata de uma DST em alguém, e não trata o parceiro, a pessoa vai se reinfectar (pegar a doença novamente). Daí o tratamento não adianta nada. Doenças sexualmente transmissíveis são um problema de duas pessoas, não de uma. Às vezes mais de duas...



Jovens devem contar para os pais que têm uma doença sexualmente transmissível?



Pai e mãe às vezes ajudam muito. Às vezes, não. Isso depende do menino e da menina. Mas se um jovem não consegue ir ao médico sozinho, tem que ir com pai e com a mãe. Se ele consegue ir sozinho, vai. O médico não é obrigado a contar nada para os pais. O menino e a menina podem querer segredo médico e é um direito deles.



SÍFILIS



A sífilis é uma doença do passado?



Não. A sífilis é uma doença muito freqüente, provocada por uma bactéria, e ela pode não apresentar nenhum sintoma. Você pode ter sífilis achando que não tem, e o único jeito de saber é fazer a sorologia (exame de sangue). A sífilis não dá corrimento. A sífilis pode provocar uma ferida, geralmente sem dor, na região genital. A sífilis tem tratamento e precisa ser tratada quando descoberta.



HEPATITE B



Hepatite B é transmissível por sexo?



Sim, a hepatite B é uma doença sexualmente transmissível. As pessoas não têm medo da hepatite B mas ela pega muito mais facilmente do que o HIV. A hepaptite B é um vírus. Ele pode causar uma hepatite bastante simples ou então uma hepatite super severa que pode até matar. E a hepatite B, ao contrário da hepatite A, torna-se uma doença crônica, ou seja, o vírus pode ficar dentro de você o resto da sua vida, e se ele ficar dentro de você, ele vai "comendo" o seu fígado. Você pode, no decorrer dos anos, desenvolver cirrose, insuficiência hepática e até câncer de fígado. Essa doença é terrível. O controle e o tratamento são difíceis, pega-se por via sexual e tem vacina, quer dizer, ninguém precisa pegar, basta tomar a vacina. O HIV não tem vacina, hepatite B tem.



HPV (CONDILOMA)



O que é o HPV?



O HPV é um vírus chamado "papilomavírus", de transmissão sexual -ele também pode ser transmitido de outras maneiras, por contato, mas ele é um vírus de transmissão sexual. Há muitos tipos de HPV, e alguns estão relacionados ao câncer, tanto no colo uterino como no pênis. Mas não é que você vai pegar o vírus hoje e vai ter câncer amanhã. Demora. Mas existe essa possibilidade. Mas é preciso tratar esse vírus. Outros tipos de HPV não estão ligados diretamente ao surgimento do câncer, mas eles podem causar outros problemas, como verrugas genitais, chamadas condilomas. No homem é mais fácil de perceber porque os órgãos genitais são externos, na mulher às vezes não se percebe, porque a lesãozinha está lá no colo do útero. O homem também pode ter lesões internas, na uretra, e é por isso que quando há suspeita, a gente faz um exame interno, chamado "peniscopia" no homem. Para a mulher o mais fácil é detectar isso no papanicolau. Ou seja, ir ao ginecologista com freqüência pode evitar um monte de doenças, inclusive papilomatovirose (doença provocada pelo HPV).



GONORRÉIA



Como é a gonorréia?



A gonorréia é uma doença provocada por uma bactéria. No homem ela tem como sintoma corrimento, chamado de uretrite, e dói quando faz xixi. A mulher freqüentemente tem uma gonorréia assintomática, ou seja, sem sintomas. Isso quer dizer que ela pode transmitir a doença sem saber que a tem. Às vezes a gonorréia pode entrar no útero e se espalhar pelos ovários e trompas, provocando o que se chama de "doença inflamatória pélvica", uma doença grave que exige uso de antibióticos e pode precisar de uma intervenção cirúrgica.



HERPES LABIAL E GENITAL



Quem tem herpes labial pode transmitir herpes aos órgãos sexuais do parceiro ao fazer sexo oral?



Há três vírus que provocam herpes: o vírus da herpes simples 1, da herpes simples 2 e o da herpes zóster. Os que nos interessam são o vírus da herpes simples 1 e o vírus da herpes simples 2. O vírus da herpes simples 1 gosta mais da boca. O tipo 2 gosta mais da região genital. Mas eles podem trocar. Você pode pegar o vírus 1 na região genital e pegar o vírus 2 na região bucal, basta você fazer sexo oral desprotegido.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O que é Pneumonia


                                                Sinônimos:



pontada, pontada de pneumonia, infecção pulmonar ou infecção do trato respiratório inferior.



O que é?



A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos.



Esta doença é muito freqüente e afeta pessoas de todas as idades. Muitas destas, anualmente, morrem por pneumonia. A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais freqüente.



Como se desenvolve?



Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos mecanismos de defesa do organismo.



A pneumonia pode desenvolver-se por três mecanismos diferentes:





Um deles, bem freqüente, ocorre quando a pessoa inala um microorganismo, através da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença.





Outra maneira freqüente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam sendo aspiradas para um local do pulmão.





A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção.









Mecanismos de proteção



É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microorganismos.



O primeiro deles ocorre no nariz, onde grandes partículas são filtradas, não podendo chegar até os pulmões para causar infecções.



As partículas pequenas, quando são inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os pulmões), são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão o reflexo do espirro, do pigarrear e da tosse, que expulsam as partículas invasoras, evitando as infecções (pneumonias).



Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a filtração que normalmente ocorre no nariz e a imunidade do organismo podem ficar prejudicadas, facilitando o surgimento de uma pneumonia.



Naqueles casos onde ocorre uma supressão dos reflexos citados acima, também há um maior risco de surgimento de uma pneumonia. Esta pode ocorrer quando, por exemplo, uma pessoa dorme alcoolizada, fez uso de sedativos, sofreu uma perda de consciência por uma crise convulsiva ou é portador de seqüela neurológica.



Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com microorganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa descritos anteriormente.



Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios envolvidos neste trabalho.



O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas (entra o oxigênio e sai o gás carbônico) e é onde agem os macrófagos. Estes são células especializadas na defesa do organismo e englobam os microorganismos que, porventura, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias.



O que se sente?



A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início.



A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.



Em idosos, confusão mental pode ser um sintoma freqüente, além da piora do estado geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo, por exemplo). Nas crianças, os sintomas podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre).



Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, por estar o sistema imune debilitado.



Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e sintomas do trato respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.



Como o médico faz o diagnóstico?



O diagnóstico pode ser feito apenas baseado no exame físico alterado e na conversa que o médico teve com seu paciente que relata sinais e sintomas compatíveis com a doença. Os exames complementares são importantes para corroborar o diagnóstico e ajudarão a definir o tratamento mais adequado para cada caso.



Normalmente, o médico utiliza-se dos exames de imagem (raios-X de tórax ou, até mesmo, da tomografia computadorizada de tórax) e de exames de sangue como auxílio para o diagnóstico.



O exame do escarro também é muito importante para tentar identificar o germe causador da pneumonia. Com isso, o médico poderá prever, na maioria dos casos, o curso da doença e também definir o antibiótico mais adequado para cada caso.



Como se trata?



A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de internação.



Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) poderá ser necessária.



Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por via oral ou através de injeções, que podem ser na veia ou no músculo.



Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória como auxiliar no tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios, vibradores no tórax e tapotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar as secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.



Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar as condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta apropriada, oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre.



Nos casos de pneumonia por parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.



Como se previne?



Como já foi mencionado anteriormente, muitas vezes uma gripe ou resfriado podem preceder uma pneumonia. Para tentar evitar isso, vacinas foram criadas.



Existe no mercado a vacina contra o vírus influenza e outra contra o pneumococo, que podem diminuir as chances do aparecimento das doenças causadas por estes germes.



Devemos lembrar que estas vacinas devem ser feitas antes do início do inverno, preferencialmente.



A vacina contra o vírus influenza deverá ser feita anualmente em idosos e naquelas pessoas com maior risco de ter uma pneumonia. A vacina contra o pneumococo deverá ser feita em idosos e naquelas pessoas com o vírus do HIV, doença renal, asplênicos (pessoas que não tem o baço, órgão que também ajuda na defesa do corpo), alcoolistas ou outras condições que debilitem o sistema de defesa do organismo. Esta vacina tem a duração de aproximadamente cinco anos.



Em alguns casos, deverá ser repetida após o término deste período. Em casos selecionados, a vacina contra o Haemophilus influenzae deverá ser aplicada. Ele também é um germe freqüente que pode causar pneumonias. Existem outras vacinas, contra outros germes, que ainda estão em estudos.



Medidas simples para prevenção de pneumonias incluem cuidados com a higiene, como a lavagem de mãos com sabonetes simples.



Uma dieta rica em frutas e vegetais, que possuem vitaminas, ajudam a reforçar o sistema de defesa do organismo às infecções.



Perguntas que você pode fazer ao seu médico



Durante quanto tempo deverá ser usado o antibiótico para o tratamento de uma pneumonia bacteriana?



Qual o tratamento indicado para uma pneumonia viral?



Quanto tempo leva para uma radiografia de tórax mostrar um resultado normal, após o tratamento de uma pneumonia?



Quais as complicações que podem ocorrer com uma pneumonia?



Qual a importância de se descobrir o microorganismo causador da pneumonia?

PERGUNTE AO SEU MÉDICO APENAS ELE PODERA CUIDAR DE VC

Gripe H1N1 O que é


                                           


GRIPE INFLUENZA A H1N1



Sinônimos: gripe do porco; gripe A



O que é?



É uma doença causada por uma das mutações (geralmente H1N1) do vírus Influenza A. Portanto, é um vírus novo, com material genético desconhecido para o sistema imunológico das pessoas. Este novo vírus surgiu devido a uma grande variação antigênica do vírus Influenza.



Tal fenômeno acontece a intervalos irregulares que variam de 10 a 40 anos. É uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa, que afetou todo o mundo rapidamente em 2009 porque as pessoas não tinham imunidade contra ele. A OMS fez alerta de pandemia (alerta epidemiológico nível 6) em 11/06/2009 pela gravidade da situação.



O relatório anunciou 17 mil mortes de norte-americanos, sendo 1800 crianças até agora. O CDC estima que 41 a 84 milhões de casos de H1N1 ocorreram entre abril de 2009 e 16 de janeiro de 2010. Já nos porcos, a doença é considerada endêmica nos Estados Unidos, e surtos ocorreram na América do Norte e do Sul, Europa, África e partes do leste da Ásia.



Como ocorre?



O vírus se dissemina entre os porcos por aerosol da secreção respiratória destes pelo contato direto ou indireto. Eles podem ser infectados por vírus Influenza das aves, de humanos bem como de Influenza suíno. Os porcos podem ser infectados ao mesmo tempo por mais de um tipo de vírus, o que permite que estes se misturem. A infecção em humanos por Influenza suíno pode ocorrer em casos isolados ou surtos. Esta doença pode surgir após contato da pessoa sadia com porco infectado ou de pessoa sadia com pessoa infectada. No entanto, neste momento não há qualquer confirmacão de transmissão entre porcos e humanos.



Assim, como na gripe comum, o contágio entre as pessoas se dá através de secreções respiratórias como gotículas de saliva ao falar, espirrar ou tossir. Uma pessoa pode infectar outra desde um dia antes da doença aparecer até 7 dias (crianças até mais que isso) após sua resolução. Após contato com vírus, o indivíduo pode levar de 1 a 4 dias para começar a apresentar os sinais e sintomas da doença.



O que se sente?



Os sintomas lembram os sintomas da gripe. O individuo afetado pode ter início abrupto de febre alta associado à tosse, dores musculares e nas articulações (“juntas”), dor de cabeça, prostração, coriza, garganta inflamada, calafrios e, às vezes, vômitos e diarreia. A doença pode evoluir para falta de ar e insuficiência respiratória seguida de morte. Contudo, a grande maioria dos casos evolui espontaneamente para cura sem apresentar complicações.



Como se evita?



Estes casos de gripe suína podem ocorrer em qualquer época do ano. Contudo, tem incidência maior no outono-inverno nas zonas temperadas do globo. Muitos países vacinam rotineiramente as populações suínas contra este vírus.



Para os humanos, este ano, já há vacina liberada para uso e o Ministério da Saúde definiu o calendário completo para vacinação contra esta enfermidade, e se estima que 91milhões serão vacinados no Brasil. Ela será gratuita, e será dividida em cinco fases conforme o público alvo. Veja tabela abaixo:





CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE A (H1N1) 2010 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE





8 a 19 de março

Profissionais da Saúde

Médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica.



8 a 19 de março

Povos indígenas

População que vive em aldeias. A vacinação será realizada em parceria com a Funasa (Fundação Nacional de Saúde).



22 de março a 2 de abril

Gestantes

Mulheres grávidas em qualquer período de gestação. As mulheres que engravidarem depois de 2 de abril podem tomar a vacina até 21 de maio.



22 de março a 2 de abril

Pessoas com problemas crônicos com até 60 anos de idade

Serão vacinadas as pessoas com os seguintes problemas:

• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);

• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);

• Asmáticos (formas graves);

• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;

• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);

• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);

• Diabetes mellitus;

• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);

• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);

• Doença hematológica (hemoglobinopatias);

• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);

• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;

• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).

22 de março a 2 de abril

Crianças entre seis meses e dois anos de idade incompletos (23 meses).

Elas devem receber meia dose da vacina e, depois de 21 dias, poderão tomar a outra meia dose.



5 a 23 de abril

População de 20 a 29 anos

Qualquer pessoa nessa faixa etária.



24 de abril a 7 de maio

Idosos com problemas crônicos (mais de 60 anos de idade).

O período coincide com a vacinação de idosos para a gripe comum. Quando eles forem tomar a vacina, receberão também imunização contra o vírus influenza A (H1N1) caso tenham algum destes problemas:



• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);

• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);

• Asmáticos (formas graves);

• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;

• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);

• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);

• Diabetes mellitus;

• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);

• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);

• Doença hematológica (hemoglobinopatias);

• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);

• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;

• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).



10 a 21 de maio

População de 30 a 39 anos

Qualquer pessoa nessa faixa etária.





O Ministério da Saúde definiu o grupo acima baseado na vulnerabilidade de desenvolver a doença e não recomenda para o pessoal fora destes grupos. A imunização inicia dia 8 de março. Pessoas alérgicas à ovo não poderão ser vacinadas assim como pessoas que tenham desenvolvido Síndrome de Guillan-Barré após vacinação.



Não há problemas em ingerir carne de porco ou produtos derivados dela (salame, por exemplo).



A doença não é contraída desta forma.



Para as pessoas que lidam diariamente com porcos, recomenda-se a prática de uma boa higiene, essencial sempre em todo contato com animais, especialmente durante abate, pós-abate e manuseio para prevenir exposição a estes agentes de doença. Animais doentes ou que tenham morrido de doença não devem ser processados nos abatedouros, e as autoridades competentes devem ser informadas sobre quaisquer eventos relevantes.



Para protecão pessoal devem ser utilizadas algumas medidas preventivas:







evitar contato íntimo com pessoas que não estejam bem e que tenham febre ou tosse;

lavar as mãos com água e sabão frequentemente e quando necessário;

manter hábitos saudáveis como se alimentar corretamente, realizar atividades fisicas e manter sono adequado.







Se houver uma pessoa doente na mesma casa:





deixar um aposento separado para o doente. Se isso não for possível, este deve manter-se a uma distância de 1 metro pelo menos dos outros;

deve-se cobrir boca e nariz ao entrar em contato com o doente. Máscaras podem ser usadas com esta finalidade e depois dispensadas;

lavagem de mãos após contato com o doente;

não compartilhar utensilios como copos, toalhas, alimentos ou objeto de uso pessoal;

deixar o local onde o doente está bem arejado. Deixar portas e janelas abertas para circular o ar;

manter os utensílios domésticos limpos;

O doente deverá também cobrir a boca e nariz com lenço ao tossir e espirrar. A lavagem de mãos deve frequente e, principalmente, após tossir ou espirrar será importante para prevenir o contágio de outras pessoas. Por essa mesma razão, durante a doença, recomende familiares e amigos para que não visite o doente.







As pessoas devem se manter atualizadas sobre o problema através de boletins da OMS.



Como se trata?



A maioria dos casos de gripe suína se recuperam completamente da doença sem a necessidade de suporte hospitalar ou de antivirais. Alguns casos ocorridos nos Estados Unidos de gripe suína em humanos foram sensíveis ao uso de oseltamivir e zanamivir, mas, resistentes à amantadina e remantadina. Ou seja, estes últimos não foram eficazes. Entretanto, ainda não existem informações suficientes que recomendem o uso rotineiro de antivirais nos casos de gripe suína. Há relatos de depósitos destes antivirais pelo governo em caso de necessidade e vários laboratórios da Europa e da America do Norte têm permissão para produção de tais medicações. Existem relatos de sucesso usando oseltamivir em tempo hábil (dentro de 48h após início dos sintomas) mesmo em casos graves. O doente deverá ficar em casa, afastado do trabalho ou escola e evitar locais com acúmulo de pessoas durante a doença. Repouso e manter boa hidratacão também será importante durante sua recuperação.



Como o médico faz o diagnóstico?



A suspeita é feita naquelas pessoas com quadro de sinais e sintomas compatíveis. Nestes casos deverão serão coletados um aspirado nasofaríngeo através de kit específico disponíveis em locais que atendam casos suspeitos



Perguntas que você poderá fazer ao seu médico:



O que é uma transmissão sustentada entre humanos?



Qual a diferença entre caso provável e caso confirmado?



Podem ser realizadas duas vacinas injetáveis (por injeção) ao mesmo tempo?


 CONSULTE SEU MÉDICO..

.Esta pagina  é apenas  um ALERTA, para que você ao apresentar alguns sintomas  corra ao seu médico imediatamente.

Obesidade





OBESIDADE



Sinônimos e Nomes populares:



Excesso de peso corporal, aumento do peso corporal; aumento de gordura, gordura.



O que é?



Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo.



Como se desenvolve ou se adquire?



Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente sócioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.



A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa, na maioria das vezes, com diversos fatores.



Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingesta. O aumento da ingesta pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingesta calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.



O que se sente?



O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.



Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.



A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:





Doenças Distúrbios

Hipertensão arterial Distúrbios lipídicos

Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia

Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom")

Diabetes Mellitus tipo II Aumento da insulina

Câncer Intolerância à glicose

Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade

Coledocolitíase Apnéia do sono



Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida (ver a seguir).



Como o médico faz o diagnóstico?



A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) (ver ítem Avaliação Corporal, nesse site). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:





IMC ( kg/m2) Grau de Risco Tipo de obesidade

18 a 24,9 Peso saudável Ausente

25 a 29,9 Moderado Sobrepeso ( Pré-Obesidade )

30 a 34,9 Alto Obesidade Grau I

35 a 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II

40 ou mais Extremo Obesidade Grau III ("Mórbida")



Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal para as diversas alturas conforme a seguinte tabela :





Altura (cm) Peso Inferior (kg) Peso Superior (kg)

145 38 52

150 41 56

155 44 60

160 47 64

165 50 68

170 53 72

175 56 77

180 59 81

185 62 85

190 65 91



A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:





Obesidade Difusa ou Generalizada

Obesidade Andróide ou Troncular (ou Centrípeta), na qual o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica)

Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.



Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o sexo do paciente:





Risco Aumentado Risco Muito Aumentado

Homem 94 cm 102 cm

Mulher 80 cm 88 cm



A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.



Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.



De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada conforme a tabela a seguir.



Classificação da Obesidade de Acordo com suas Causas:





Obesidade por Distúrbio Nutricional



Dietas ricas em gorduras



Dietas de lancherias



Obesidade por Inatividade Física



Sedentarismo



Incapacidade obrigatória



Idade avançada



Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas



Síndromes hipotalâmicas



Síndrome de Cushing



Hipotireoidismo



Ovários Policísticos



Pseudohipaparatireoidismo



Hipogonadismo



Déficit de hormônio de crescimento



Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina



Obesidades Secundárias



Sedentarismo



Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona



Cirurgia hipotalâmica



Obesidades de Causa Genética



Autossômica recessiva



Ligada ao cromossomo X



Cromossômicas (Prader-Willi)



Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl





Cabe salientar ainda que a avaliação médica do paciente obeso deve incluir uma história e um exame clínico detalhados e, de acordo com essa avaliação, o médico irá investigar ou não as diversas causas do distúrbio. Assim, serão necessários exames específicos para cada uma das situações. Se o paciente apresentar "apenas" obesidade, o médico deverá proceder a uma avaliação laboratorial mínima, incluindo hemograma, creatinina, glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol total e HDL, triglicerídeos e exame comum de urina.



Na eventual presença de hipertensão arterial ou suspeita de doença cardiovascular associada, poderão ser realizados também exames específicos (Rx de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico) que serão úteis principalmente pela perspectiva futura de recomendação de exercício para o paciente.



A partir dessa abordagem inicial, poderá ser identificada também uma situação na qual o excesso de peso apresenta importante componente comportamental, podendo ser necessária a avaliação e o tratamento psiquiátrico.



A partir das diversas considerações acima apresentadas, julgamos importante salientar que um paciente obeso, antes de iniciar qualquer medida de tratamento, deve realizar uma consulta médica no sentido de esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as diversas repercussões do seu distúrbio.



Como se trata?



O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.



Reeducação Alimentar



Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.



Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.



Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.



Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.



Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.



Exercício



É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.



O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:





a diminuição do apetite,

o aumento da ação da insulina,

a melhora do perfil de gorduras,

a melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.



O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente.



Drogas



A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico assistente.



No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.



Como se previne?



Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente.

Compreendendo o que é Hipertensão


                                   O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.



Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.



Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.



O que é?



Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.



Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.



Cuidados para medir a pressão arterial



Alguns cuidados devem ser tomados, quando se verifica a pressão arterial:





repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável

a bexiga deve estar vazia (urinar antes)

após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30 minutos para medir

o manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da circunferência do braço,sendo que este deve ser mantido na altura do coração

não falar durante o procedimento

esperar 1 a 2 minutos entre as medidas

manguito especial para crianças e obesos devem ser usados

a posição sentada ou deitada é a recomendada na rotina das medidas

vale a medida de menor valor obtido



Níveis de pressão arterial



A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130 e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg.



De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas sejam repetidas pelo menos em duas ou mais visitas clínicas.



No quadro abaixo, vemos as variações da pressão arterial normal e hipertensão em adultos maiores de 18 anos em mmHg:





SISTÓLICA DIASTÓLICA Nível

< 130 < 85 Normal

130-139 85- 89 Normal limítrofe

140 -159 90 - 99 Hipertensão leve

160-179 100-109 Hipertensão moderada

> 179 > 109 Hipertensão grave

> 140 < 90 Hipertensão sistólica ou máxima



No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão.



A hipertensão arterial pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima). A maioria desses indivíduos, 95%, tem hipertensão arterial chamada de essencial ou primária (sem causa) e 5% têm hipertensão arterial secundária a uma causa bem definida.



O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.



Hipertensão arterial sistêmica



A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas.





No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.

No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita.

Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.

No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.

No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.



Perguntas que você pode fazer ao seu médico



O que é pressão alta?



Qual o nível da minha pressão?



Devo fazer verificação da minha pressão em casa?



O que pode me acontecer se eu não tratar a pressão alta?



Quais os efeitos colaterais do tratamento?
 PROCURE UM  CARDIOLOGISTA NÂO SE AUTO MEDIQUE JAMAIS

Doenças Cardíacas Fatores De Risco


                                       



O que é?



São condições que predispõem uma pessoa a maior risco de desenvolver doenças do coração e dos vasos.



Existem diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares, os quais podem ser divididos em imutáveis e mutáveis.



Fatores imutáveis



São fatores imutáveis aqueles que não podemos mudar e por isso não podemos tratá-los. São eles :



Hereditários:



Os filhos de pessoas com doenças cardiovasculares tem uma maior propensão para desenvolverem doenças desse grupo. Pessoas de pele negra são mais propensos a hipertensão arterial e neles ela costuma ter um curso mais severo.



Idade:



Quatro entre cincos pessoas acometidas de doenças cardiovasculares estão acima dos 65 anos. Entre as mulheres idosas, aquelas que tiverem um ataque cardíaco terão uma chance dupla de morrer em poucas semanas.



Sexo:



Os homens tem maiores chances de ter um ataque cardíaco e os seus ataques ocorrem numa faixa etária menor. Mesmo depois da menopausa, quando a taxa das mulheres aumenta, ela nunca é tão elevada como a dos homens.



Fatores mutáveis



São os fatores sobre os quais podemos influir, mudando, prevenindo ou tratando.



Fumo:



O risco de um ataque cardíaco num fumante é duas vezes maior do que num não fumante. O fumante de cigarros tem uma chance duas a quatro vezes maior de morrer subitamente do que um não fumante. Os fumantes passivos também tem o risco de um ataque cardíaco aumentado.



Colesterol elevado:



Os riscos de doença do coração aumentam na medida que os níveis de colesterol estão mais elevados no sangue. Junto a outros fatores de risco como pressão arterial elevada e fumo esse risco é ainda maior. Esse fator de risco é agravado pela idade, sexo e dieta.



Pressão arterial elevada:



Para manter a pressão elevada, o coração realiza um trabalho maior, com isso vai hipertrofiando o músculo cardíaco, que se dilata e fica mais fraco com o tempo, aumentando os riscos de um ataque. A elevação da pressão também aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de lesão nos rins e de insuficiência cardíaca. O risco de um ataque num hipertenso aumenta várias vezes, junto com o cigarro, o diabete, a obesidade e o colesterol elevado.



Vida sedentária:



A falta de atividade física é outro fator de risco para doença das coronárias. Exercícios físicos regulares, moderados a vigorosos tem um importante papel em evitar doenças cardiovasculares. Mesmo os exercícios moderados, desde que feitos com regularidade são benéficos, contudo os mais intensos são mais indicados. A atividade física também previne a obesidade, a hipertensão, o diabete e abaixa o colesterol.



Obesidade:



O excesso de peso tem uma maior probabilidade de provocar um acidente vascular cerebral ou doença cardíaca, mesmo na ausência de outros fatores de risco. A obesidade exige um maior esforço do coração além de estar relacionada com doença das coronárias, pressão arterial, colesterol elevado e diabete. Diminuir de 5 a 10 quilos no peso já reduz o risco de doença cardiovascular.



Diabete melito:



O diabete é um sério fator de risco para doença cardiovascular. Mesmo se o açúcar no sangue estiver sob controle, o diabete aumenta significativamente o risco de doença cardiovascular e cerebral. Dois terços das pessoas com diabete morrem das complicações cardíacas ou cerebrais provocadas. Na presença do diabete, os outros fatores de risco se tornam mais significativos e ameaçadores.



Anticoncepcionais orais:



Os atuais ACOs têm pequenas doses de hormônios e os riscos de doenças cardiovasculares são praticamente nulos para a maioria das mulheres. Fumantes, hipertensas ou diabéticas não devem usar anticoncepcionais orais por aumentar em muito o risco de doenças cardiovasculares.



Existem outros fatores que são citados como podendo influenciar negativamente os fatores já citados. Por exemplo, estar constantemente sob tensão emocional (estresse) pode fazer com que uma pessoa coma mais, fume mais e tenha a sua pressão elevada. Certos medicamentos podem ter efeitos semelhantes, por exemplo, a cortisona, os antiinflamatórios e os hormônios sexuais masculinos e seus derivados.